segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Sobre minhas exigências

Esse é um daqueles dias em que nada está bom. Quando me dei conta disso, pensei se eu não sou assim sempre. Se eu nunca me contento com nada, ou se é só um dia, depois passa.

Nessas horas não consigo lembrar de nenhum acontecimento, nenhum dia. Não lembro nem do domingo anterior. Nada. Parece que fujo de mim mesma.

Mas eu odeio isso, nunca gostei de fugir dos problemas, das questões que me invadem de repente e eu não sei como respondê-las.. E por que eu fujo? Por que eu não assumo a mim mesma que sou exigente demais, e se eu quiser todo o ouro do mundo, nada me satisfará se eu não tiver todo ele em minhas mãos.

Mimada? Acho que é a falta disso. Acho que é a vontade de ter atenção. Acho que eu preciso que alguém se dedique inteiramente a mim. Acho que preciso encontrar um ser sem família, sem compromissos, sem pessoas confiáveis que lhe de conselhos, para que ninguém abra seus olhos fazendo com que ele veja quem eu realmente sou.

E eu não quero que alguém finja ser assim. Não. Assuma que nenhuma pessoa do seu círculo social (que de nenhum modo se intercede com o meu) falou bem de mim pra você. Assuma pra si mesmo e depois grite pra mim o quanto fútil eu sou, como eu não sei o que quero, como eu posso querer tanto você nesse instante, e depois te dispensar, e te xingar com toda a raiva existente em mim.

Diga para mim o que sente, que eu tenho mais defeitos do que qualidades. Perceba o quanto mentiu pra si mesmo, e pra mim, quando disse que eu era perfeita. Perceba que você não vai me aguentar nem mais 10 minutos. Nem mais uma crise. Nem mais uma lágrima.

É só isso que peço. Perceba que eu não sirvo pra você.

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