domingo, 26 de junho de 2011

Sobre a falta de tempo/inspiração/textos decentes

Minha criatividade está precária, eu sei. Post decadentes. Mas com certeza essa semana (que eu sei que não será ociosa) verei inspirações em todos os lugares.

Por isso, me desculpem se o próximo post estiver confuso, sem nexo. Provavelmente será uma junção de tudo o que vi na semana.



Blog temporariamente fechado.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Sobre a nostalgia do momento

Passei por momentos nostálgicos durante o começo dessa semana. Não sei explicar o por quê, ou talvez até saiba e esteja escondendo de mim mesma.

Vendo e revendo meus textos antigos percebo o quanto eu mudei. Lendo cada um deles, lembro imediatamente daquele momento, daqueles sentimentos, daquelas poesias que significaram ( e continuam significando) muito pra mim.

Acho que estou em uma fase meio abstrata, obscura. Estou tentando entender o que está acontecendo, mas ainda não surgiu nenhuma luz no fim do túnel. Já recorri a todas as técnicas que sempre funcionaram comigo (músicas repetindo eternamente, caminhadas sem rumo, noites em claro, filmes de comédia- só não recorri às drogas), mas nada está adiantando.

Talvez essa seja a hora. Talvez seja o momento perfeito. Está tudo lá, pronto. E eu aqui, devagar, atrapalhada, distraída, vendo as oportunidades passarem.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Sobre a ausência

Sexta-feira. Eram mais ou menos 18h, aquela hora em que não está escuro o suficiente para acender a luz nem claro o bastante para ficar com a luz apagada. Ela gostava desse horário, mas aquele dia, especificamente, preferia que essa transição dia/noite fosse mais rápida, queria ver a lua logo.

Porém, um estouro a fez pular da cadeira, e acabou a luz. Morava sozinha e nas sextas os vizinhos sempre saíam, e tudo silenciou. Escancarou as janelas, pôs a cabeça pra fora, tentou ver o que ainda restara do pôr-do-sol.

O dia fora estranho, parecia que era invisível. Perdeu as contas de quantas pessoas esbarraram nela aquela tarde. Mas ela tinha a sensação de que o dia não acabaria assim, de que ela seria importante, pelo menos por 1 segundo.

Ficou lá, vendo o céu passar do azul para o laranja, do laranja para o vermelho, e, num piscar de olhos, do vermelho para o breu da noite.

Apesar de ser detalhista, nunca percebera essas mudanças tão vagarosamente. Se arrependeu de não ter filmado, fotografado, daria uma bela fotografia.

Observou o céu por um tempo, mas já estava com dores no pescoço, então resolveu cozinhar.

Acendeu uma vela. Tudo parecia ainda mais macabro com aquela luz trêmula fazendo sombras nas paredes. A adrenalina era ainda maior.

Terminou de cozinhar, jantar, e de repente uma lembrança lhe veio à cabeça. Era isso. Aquele dia. Aquele clima de outono. Nada poderia fazer mais sentido.

Faltava algo. Faltava aquela presença.