quinta-feira, 29 de julho de 2010

Das coisas que gosto

Não pensem que eu tenho uma vida secreta, mas tem muitas coisas que eu gosto e quase ninguém sabe. Por exemplo, as poesias.
De qualquer forma, em canções, em livros, cheguei a encontrar até poesias em revistas de fofoca que a minha vó compra uma vez ao ano.
A forma de poesia que me fez descobrir esse mundo foi a do Radio Caos. Se vocês verem o site, podem ouvir as edições antigas e talvez virem novos ouvintes dominicais, como eu.
Certa noite de domingo, cansada de ver as reportagens macabras sobre o tráfico de drogas no Fantástico, eu liguei o rádio pra ver se estava tocando alguma coisa que não fosse sertanejo universitário, músicas pops ou cultos evangélicos. Na 91 Rock estava tocando uma musiquinha aleatória, divertida, em alemão talvez, e deixei lá. Então um carinha começou a recitar Carlos Drummond de Andrade, ao som de Stairway to Heaven no fundo. Fiquei encantada. Desde então esse é meu compromisso dominical, sempre, as 22 horas.
Esse é um dos poemas típicos do Radio Caos, espero que gostem de interpretá-lo:
As pessoas são estranhas.
(Afonso Romano de Santana)
As pessoas são estranhas, quando somos estranhos.
Vemos caras terríveis, quando estamos sozinhos.
Mulheres parecem horríveis, quando não não disponíveis.
Ruas parecem maus caminhos, quando estamos deprimidos.
Quando somos estranhos chovem caras na nossa frente.
Quando somos estranhos ninguém nos tem em mente, quando somos estranhos.

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