quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Sobre a importância dos amigos

Até os 4 anos eu não tinha amigos, exceto por uma vizinha da frente que se mudou 1 ano depois de eu desobrir a existência dela e ter ido algumas vezes à casa dela pra brincar (e comer, bons tempos). Então, eu entrei no Jardim I (que emoção again) e descobri que quando você se relaciona com pessoas parecidas (ou nesse caso, da mesma idade), a vida pode ser menos monótona. Fiz amiguinhos de caixa de areia. Era legal.

Com 6 anos, então, eu entrei no pré. Era outra escola, bem mais perto da minha casa. Eu fiquei com medo, mas não fui embora chorando. Fiz amiguinhos e até uma inimiga, que arrumava intrigas pra me prejudicar (ò.ó). Eram os amigos do pré, e a maioria saiu da escola, porque eu nunca mais os vi.

Passando para a primeira série, era uma emoção maior ainda, porque era uma sala normal (a sala do pré era isolada e tinha mesinhas pequenas e até um banheiro) e tinha muitas pessoas diferentes. Fiz mais amigos ainda, eu era até bem popular entre os coleguinhas da sala.

E assim foi até a quarta série. Eu comecei a participar do grupinho do fervo e talz, era bem maloqueira. Considero uma das melhores épocas escolares, eu tinha muitos amigos e acreditava neles.
Minha melhor amiga era a Fer, que me persegue até hoje na UTF.

Na quinta série a Fer se mudou e foi pra outro colégio, e eu passei a estudar de manhã, o que era considerado uma evolução incrível na minha escola. As pessoas da tarde eram rejeitadas, não me pergunte porquê.

Eu tinha alguns amigos, entre eles a Bruna. Uma vez a Gabi jogou terra na cara dela e ficou uma semana pedindo desculpas, e viramos amigas, apesar de nós nos conhecermos desde a primeira série. Ela não falava comigo porque me achava metida, e vice-versa. Então formou-se um grupinho, que se manteve até a sexta série. Então, por alguma razão que eu não lembro qual, o grupo se separou e formaram-se outros maiores.

E assim foi, até a oitava série, onde eu conhecia quase todo mundo da escola. Eu era popular, mas não me aproveitava disso. Meu grupo de amigos era grande, tinha desde pessoas que eu conheci no pré, até a My, por exemplo, qu eu conheci na sétima série.

Essa, talvez seja a melhor fase da minha vida. Depois da formatura eu percebi que nunca mais veria todas aquelas pessoas reunidas, e senti uma saudade estranha, porque sabia que não voltaria mais.

Entrando na UTF, o mundo se abriu de um jeito muito estranho. Saí de uma escola, na qual eu estudei 8 anos, onde eu sabia onde todo mundo morava, para uma Universidade situada no Centro, onde os professores não sabem meu nome, onde eu não sei onde meus colegas moram, onde eu não conheço nem metade das pessoas que lá estudam.

Isso foi uma grande mudança, foi muito difícil de me adaptar, mas creio que essa possa ser considerada (também) uma das melhores fases, não escolar, mas talvez da minha vida.

Essas mudanças me fizeram perceber que, mesmo com as brigas e intrigas que existem nos grupos de amigos, talvez eles sejam as pessoas mais importantes das nossas vidas. Eles nos apoiam, nos encorajam, nos fazem pensar duas vezes antes de fazer alguma coisa, enfim. Amigos são essenciais.

OBS: esse post é dedicado a todos os amigos, de todas as épocas, de todos os grupos, de todas as brigas, de todas as escolas, de todos os bairros, de todos os nomes, de todo o tempo que ficaram comigo. Obrigada.

3 comentários:

  1. vc nem lembra que me chamava de tio rafa :C

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  2. Nem pra citar meu nome u.u - brincaderinha xD -q obrigada você, por alegrar meus dias (:

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  3. Sim eu joguei terra na cara da bruna (acidentalmente) muahhahahahhahahah...
    Affe amiga...saudades de saber aonde o povo do colégio mora, eu tbm sempre soube que as amizades não se diluiriam,mas seriam esquecidas...Que bom que eu tenho vc!!! Bju

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