quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Sobre uma história que eu não achei um porquê

Ela teve um dia normal.
Acordou lá pelas 9 horas, comeu, tomou banho, lavou a louça, se arrumou, almoçou e saiu.
Pegou seu ônibus habitual, viu as mesmas pessoas, a mesma paisagem.
Desceu do ônibus em direção à escola.
Entrou na sala, viu as mesmas pessoas.
Seu corpo estava presente, mas seus pensamentos eram tão longínquos quanto a distância dela e de seus desejos.
Saiu da escola, comeu qualquer coisa, voltou pra casa fazendo o mesmo caminho da vinda.
Desceu do ônibus, com uma preguiça imensa de andar as duas quadras que separavam o terminal de sua casa.
Foi andando vagarosamente, como se não tivesse mais nada pra fazer.
Era uma noite agradável, com uma brisa gelada que balançavam os cabelos que não estavam presos no elástico cor-de-rosa, que foi o único que achou enquanto se arrumava.
O céu estava nublado, mas às vezes as nuvens se moviam e era possível ver uma ou duas estrelas.
Não tinha lua.
Não tinha emoção.
A noite tinha um gosto que combinava perfeitamente com ela: amarga.

Um comentário:

  1. vc nao é amarga, é a pessoa com o sorriso mais doce que eu conheço.

    triste a historia a pessoa q preferiu deixar o sorriso guardado e ficou amarga.

    mas eu gostei, vc sabe.

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