domingo, 26 de setembro de 2010

Sobre um poeminha aleatório

Só para compensa a falta de criatividade que anda assombrando meus dias, vou postar um poeminha legal que esses dias tocou na Radio Caos.

O lado escuro da rua


Santinha era a menor morava longe
Atravessou de carona o país
Pinçou suas sobrancelhas de monge
Depilou suas pernas como uma velha infeliz
Ela disse: ei anjo, venha para o lado escuro da rua

Santa Cândida veio ao anel central de Curitiba
A rodoferroviária
Ela já era a preferida
Mas nunca perdeu sua estribeira
Mesmo quando lhe ofereceram uma carreira
Ela disse: querida, venha para o lado escuro da rua
E as mulheres negras dizem :de de de de de de


Quixote nunca saiu de cena
Todos tinham que pagar, pagar
Um empurrão aqui, outro na esquina
A capital do estado é o lugar onde dizem
Ei querida, venha para o lado escuro da rua


A doce fada pâmela caiu na vida
Em busca de pousada e um punhado de comida
Levantou, sacudiu a poeira
Dançou no metro
Agora todos tem prazer em conhece-la
Gogogo
Eles dizem: ei doce de coco venha para o lado escuro da rua


Jaqueline entrou em transe alucinado
Embarcou no voo de Leila Diniz por um dia
Acho que o desastre não podia ser evitado
Mas quem sabe um bom calmante ajudaria
Ela dizia: ei querida, venha para o lado escuro da rua


E as mulheres negras dizem
dedededededededede

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